Planos de Saúde e Psicomotricidade: Saiba Mais Sobre Seus Direitos

Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou uma decisão importante que afeta diretamente os usuários de planos de saúde. Segundo o tribunal, as operadoras de planos de saúde não podem limitar o número de sessões de psicomotricidade nem exigir que o profissional responsável pelo tratamento tenha formação em psicologia.

Essa decisão é um marco na proteção dos direitos dos pacientes e amplia o acesso a terapias fundamentais, especialmente para crianças e pessoas com necessidades especiais.


O que é psicomotricidade?

A psicomotricidade é uma abordagem terapêutica que trabalha a integração entre os aspectos motores, emocionais e cognitivos. É amplamente utilizada em tratamentos para crianças com transtornos do desenvolvimento, como autismo, TDAH ou dificuldades de aprendizagem, e para reabilitação de adultos e idosos.

Esse tipo de terapia pode ser conduzido por diferentes profissionais, como terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e psicólogos, desde que devidamente capacitados.


O que diz a decisão do STJ?

O STJ determinou que os planos de saúde:

  1. Não podem limitar o número de sessões de psicomotricidade necessárias para o paciente. Isso garante que o tratamento seja feito com base nas necessidades do paciente, e não em restrições impostas pelas operadoras.
  2. Não podem exigir que apenas profissionais com formação em psicologia realizem as sessões. Outros especialistas habilitados, como terapeutas ocupacionais ou fisioterapeutas, também podem conduzir o tratamento, desde que qualificados.

Por que essa decisão é importante?

Essa decisão fortalece os direitos dos pacientes e assegura que eles recebam o tratamento de que realmente precisam, sem limitações arbitrárias. Alguns dos benefícios são:

  • Maior acesso à saúde: Pacientes que necessitam de psicomotricidade terão mais facilidade para obter sessões suficientes para o tratamento.
  • Reconhecimento da multidisciplinaridade: A medida valoriza o trabalho de diferentes profissionais capacitados, ampliando as opções de atendimento.
  • Proteção contra abusos: Impede que planos de saúde imponham regras que dificultem ou limitem o acesso ao tratamento.

O impacto na vida dos pacientes

Essa decisão é especialmente importante para famílias que dependem de terapias para crianças com necessidades especiais. Em muitos casos, o limite de sessões ou exigências sobre o profissional qualificado dificultavam o acesso ao tratamento contínuo e eficaz.

Agora, com a nova interpretação, os pacientes podem ter mais segurança ao buscar seus direitos e exigir que o plano de saúde cubra integralmente o tratamento necessário.


Como agir em casos de negativa do plano de saúde?

Se o plano de saúde se recusar a cobrir o tratamento de psicomotricidade ou limitar o número de sessões, é possível:

  1. Registrar uma reclamação na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
  2. Procurar a Defensoria Pública ou um advogado especializado em direito à saúde para garantir seus direitos.
  3. Levar o caso à Justiça, com base na decisão do STJ, que assegura a cobertura e o acesso aos tratamentos necessários.

Conclusão

A decisão do STJ sobre a cobertura de psicomotricidade por planos de saúde é uma vitória para pacientes e familiares. Ela reforça a importância de garantir acesso a tratamentos essenciais e valoriza a atuação de profissionais capacitados de diferentes áreas.

Se você ou alguém que conhece enfrenta dificuldades com o plano de saúde para tratamentos como esse, saiba que a Justiça está do seu lado. Conhecer seus direitos é o primeiro passo para garantir que eles sejam respeitados!

Compartilhe este artigo com quem pode precisar dessa informação e ajude a ampliar o acesso a uma saúde mais justa e inclusiva!

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